Resenha de CD originalmente publicada pelo blog Metal Maniac Media

Por Edson Portela

Nota: 08.5/10.0

Demorou mas saiu e, até peço desculpas ao pessoal da MS Metal, que já nos tinha enviado este material da GRIMM há meses. Como tínhamos uma fila enorme de pendências, acabou que este texto saiu com algum atraso. Ainda assim, antes tarde do que nunca, já que eu realmente escuto todos os álbuns na íntegra, antes de me debruçar para redigir as suas respectivas avaliações. Também confesso que, se não agisse desta forma, talvez grande parte dos detalhes que encontramos no autointitulado debut da GRIMM, passariam completamente despercebidos. Sim, o material é muito rico e nos traz o não tão popular, pelo menos nos dias de hoje, Grunge com base na cena de Seattle.

Alice in Chains, Soundgarden e Temple of the Dog já podem ser apontadas logo de cara, como influências diretas na sonoridade destes brasileiros. Contudo, acredito que o diferencial é a própria desenvoltura que estes caras apresentam, para dar aquele frescor que só o músico brazuka consegue imprimir. Ou seja, temos aqui nove faixas que se escoram no contexto da antiga cena estadunidense, mas dentro de uma perspectiva diferente, talvez mais tropical, por assim dizer. “Still I Curse” e “1893” foram as que mais gostei por servirem como embasamento claro de tudo que redigi até aqui, nestas mal traçadas linhas. Apesar que, elas não apresentam o lado Stoner e mais pesado do trio, que fica muito evidente nas demais canções do álbum. Então, se você busca por algo mais carregado de peso, vá direto conferir “To the Bone” e “Another Devotee” que, não por acaso, são as duas que acredito que os fãs vão pirar.

Contando com uma equipe de peso cuidando da sua carreira na atualidade, não vou me surpreender de ouvir falar mais destes caras por aí. Acredito que “Grimm” cumpriu o seu papel de servir como passo inicial na carreira dos rapazes, bem como o de revelar um grande novo nome em um nicho que já estava meio esquecido. Que venham novos trabalhos e que nos encham de orgulho, principalmente nos mercados fora do Brasil. A GRIMM merece e eu vou estar acompanhando de perto.