Resenha: debut álbum da King of Salem em evidência no blog Mundo dos Álbuns
Postado em 18/02/2024


Resenha de CD originalmente publicada pelo site Mundo dos Álbuns

Por Gustavo Hoft

Nota: 09.5/10.0

KING OF SALEM é uma banda mexicana/brasileira de Prog Metal fundada em 2019. em 2022 a banda nos presenteia com seu álbum de estreia, “Sovereign”. A banda é formada pelos mexicanos Erick Estrada (guitarra), Daniel Ornelas (guitarra) e Samuel Estrada (bateria) e o vocalista brasileiro Lean Van Ranna. A linda arte do álbum ficou a cargo do brasileiro Rômulo Dias.
A banda tem características próprias, mas também se percebe uma forte influência de Symphony X. O álbum é muito bem produzido, muito bem mixado e masterizado, ou seja, trabalho profissional. “Rei de Salém” é uma clara referência à Melquisedeque que significa “Rei de Justiça” que aparece no livro de Gênesis, que no livro de Hebreus nos é revelado que é uma figura de Jesus no Antigo Testamento. Mas vamos falar das músicas.
O álbum abre com a “Call From Heaven (Intro)” que é uma faixa de abertura que prepara todo o clima que vai se seguir ao longo do álbum, já emendada pela pesada “Your Name”, com guitarras “gordas” e bem intrincada, como toda boa música de Metal Progressivo tem que ser. Seguida por “Column Of Fire” que já havia saído como Single, o álbum segue com uma pegada pesada. Destaco a a próxima faixa “Follow You” que tem um dos refrões mais marcantes do álbum. “Before The End” também já havia saído como Single e mantém o ritmo do álbum lá em cima.
“Redemption” tem sua influência de Dream Theater, principalmente no instrumental, já que o vocal de Lean tende mais para o lado do Russell Allen, uma boa mistura. “David” é mais cadenciada, mas nada que quebre o clima do disco. “He Found Me” que saiu como Single mostra bem a cara da banda, peso e som intrincado, tudo muito bem dosado. “The Way” talvez seja a que menos me chamou a atenção. A música não é ruim, mas ela talvez passe batida no meio das demais. Já “Death Debt” me chamou a atenção demais! Pesada, com direito a guturais no meio dela. Uma das melhores do álbum. O disco fecha com “Back To The Father”, uma bela balada que encerra com chave de ouro. Quando digo que ela é bela, é sem exageros. A música é linda!
Me chama a atenção como tudo é muito bem dosado, sem exagero demais, com tudo no lugar certo e na hora certa. Isso não compromete o virtuosismo dos músicos, muito pelo contrário. Demonstra que os caras souberam balancear muito bem. Por exemplo, as músicas nos álbuns do estilo costumam passar dos 7 minutos facilmente, mas em “Sovereign” a grande parte das músicas tem seus 4 e 5 minutos, exceto “The Way” e “Back To The Father”, ambas com seus pouco mais de 6 minutos.
“Sovereign” é um prato cheio para fãs de Prog Metal e vamos aguardar por novos trabalhos do KING OF SALEM. Que mantenham a qualidade desse primeiro registro, que já chegou com tudo.
 
Categoria/Category: Clipping

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