Resenha de CD originalmente publicada pelo portal Reidjou

Por Alex Viana

Nota: 08.5/10.0

A veterana banda catarinense de Death Black Metal, MALICE GARDEN, chega finalmente ao lançamento do seu debut álbum suprindo uma carência dos fãs desde o final dos anos noventa. Pra quem não sabe, o grupo foi fundado neste citado período, teve uma pausa em 2003, e retornou as suas atividades em 2018 com a promessa de novos lançamentos na sua discografia. E assim foi feito, com os lançamentos do EP “Denying Creation” em 2021 e o seu debut álbum “Supreme Instinct Numb” em 2023.

Antes de entrar na avaliação, propriamente dita, cabe aqui um agradecimento ao pessoal da Eternal Hatred Records, por nos ter enviado este belo CD. Material físico de primeira linha, digno dos grandes lá de fora, portanto comprem o artefato e apoiem o Metal brasileiro. Dito isso, estamos diante de um disco que supriu certa falta que a banda tinha com seus seguidores.

São ao todo nove faixas do mais puro e odioso Death/Black Metal. E o mais legal é que, apesar de ser um trabalho de 2023, dá pra sentir aquele cheio de naftalina, aquela aura mágica dos anos noventa. Este ponto me ganhou logo nos primeiros momentos de faixas como “Poison Divine”, “Unholy Pleasure Mysteria” e “Violation Domain”.

Apesar de violento, “Supreme Instinct Numb” traz consigo muita melodia, e isso fica muito perceptível em “Denying Creation”, por sinal uma das minhas favoritas. Nela, o trabalho de guitarra gritam aos ouvidos, com arranjos e riffs grandiosos e que grudam na cabeça do ouvinte, Dentro desta esfera, ficam aqui os meus aplausos para a dupla Spok e Henrique, porque souberam conduzir todo o material com um nível de técnica invejável!

Espero que este “Supreme Instinct Numb” seja apenas o primeiro de muitos lançamentos da MALICE GARDEN. Acredito que com a boa receptividade que este disco terá, a Eternal Hatred Records não vai se furtar de lançar os próximos títulos destes sulistas. Estamos de olho e já esperando pela turnê de promoção deste trampo!