Resenha: novo álbum da Phrenesy em destaque no site Sonoridade Underground
Postado em 14/02/2024


Resenha de CD originalmente publicada pelo site Sonoridade Underground

Por Guilmer da Costa Silva

Nota: 08.0/10.0

A banda brasiliense de Thrash Metal PHRENESY, formada por Wendel Aires (vocal), Tiago Teobaldo e Fabricio Rocha (guitarras), Aluisio Lima (baixo) e Josefer Ayres (bateria), apresenta “Fears Apocalypse”, sucessor do debut “The Power Comes From The Beer” (2014). Produzido por Thiago Bianchi no Estúdio Fusão e com arte de capa criada por Jacqueline Sales, o material, lançado na Europa pelo selo italiano Wormholedeath Records, conta com participações especiais de Rodrigo Shakal (Mofo), Felipe Chendes (Alto Extermínio), Sara Abreu (Estamira) e Marco Mendes (Device).

Além de mostrar a evolução, tanto na parte musical quanto nas letras, o grupo deixa claro que a música da PHRENESY não é apenas sobre cerveja, mas expor as questões políticas que a sociedade enfrenta. “A faixa-título fala sobre as guerras por motivos injustificáveis como as religiosas, que matam em nome de Deus, e outros que usam da guerra para se apossar das riquezas de outros países, matando crianças, idosos… Enfim, líderes que dizimam um povo inteiro para roubar e satisfazerem seus egos”, explicou o vocalista Wendel Aires. “A faixa ‘Vultures’ também vai para este lado, pois fala dos falsos profetas, os abutres ladrões da fé que usam o nome de Deus se aproveitando da humildade e ignorância de seus fiéis e seguidores para ganhar dinheiro”.

Outro destaque do repertório que também saiu em lyric video é “Fuck the Pain”, que fala sobre as dificuldades da vida. “Ela fala que devemos ser fortes para conseguir superar as dificuldades. O lema é nunca desistir, ser resiliente, superar toda dor e adversidade”, resume o vocalista. Já “Lost Generation”, que saiu em lyric video através do canal da Wormholedeath Records, fala sobre a cultura do cancelamento. “Principalmente das pessoas covardes que ficam cuspindo maldades e espalhando mentiras atrás do teclado de um computador ou de um celular, sem se preocupar com as consequências que essas atitudes trarão ao próximo”, observa Wendel Aires, que considera a letra de “The Truth is All There” a mais complexa. “Ela aborda astronomia, o universo, seu fascínio e seus segredos. Se estamos sozinhos nesse universo imenso, por que a NASA esconde tanta coisa da gente? Por que esse tabu? O que há de tão secreto que não pode ser revelado?”, questiona o vocalista.

O lado Tankard, a ligação do underground e o Thrash com a cerveja, que o PHRENESY apresenta desde o começo da carreira, não foi abandonado. “A faixa ‘The Party Won’t Stop’ é sobre farra e bebedeiras, festas que viram a noite e acordar com uma ressaca desgraçada no outro dia. Já ‘War for Beer’ fala sobre acabar a cerveja do mundo. Uma guerra mundial para conseguir tomar esse líquido sagrado. Seria o fim do mundo se cerveja um dia acabasse. Afinal, há duas décadas somos o ‘Thrash Pilsen do Distrito Federal’”, concluiu Aires.

 
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