Resenha de CD originalmente publicada pelo Portal do Inferno

Por Cesar Gomes Filho

Nota: 08.0/10.0

Me desculpem a minha ignorância, mas eu tenho pouco contato com o tipo de música que o guitarrista RICKY DE CAMARGO se propõe neste “Beast Mode”, seu novo álbum lançado em 2025. Nele, Ricky se vale de elementos de diversas vertentes para imprimir uma salada instrumental que, certamente, vai fazer a alegria dos entusiastas dentro deste nicho. Pelo menos, é o que eu acredito…

“Beast Mode” possui sete faixas e não é nem um pouco cansativo, muito pelo contrário. Escutei o álbum e mal senti o tempo passar, tendo em vista a enorme qualidade estrutural empregada pelo artista em todas as canções. Obviamente senti falta de um cantor, até porque, como mencionei anteriormente, não tenho muito contato com composições instrumentais. E foi assim em todo o decorrer da minha vida dentro deste ofício jornalístico. Ainda assim, estou aberto a entrar neste mundo e possa ser que “Beast Mode” quebre alguns paradigmas no meu subconsciente.

Ouvi tudo numa cacetada só, então não senti falta de linearidade entre as faixas. Isso é muito bom, pois temos aqui um produto que acerta ao não deixa a poeira abaixar, causando uma sensação clara de que temos um trabalho composto apenas por hits. Impossível esquecer os gigantes Kiko Loureiro e Edu Ardanuy como referências, mas Ricky não procura se escorar em ninguém, principalmente quando nos atentamos as ótimas “The Divinity of Chaos”, “Supernova” e “An Endless Journey”; todas elas com uma assinatura muito própria.

A produção é competente e a arte da capa é apenas ok, fazendo com que o trabalho se sustente na qualidade de cada música apresentada. Acredite, gostei bastante de “Beast Mode”, tanto que continuo ouvindo-o até o dia que finalizei este texto. Boa pedida…