Resenha: primeiro álbum da Agressivium agora é destaque no estado do Piauí
Postado em 11/04/2023


Resenha de CD originalmente publicada pelo portal Fullrock

Por Jeferson di Pádua

Nota: 09.0/10.0

O Modern Metal não é lá o tipo de som que eu costumo ouvir, mas o pessoal da gravadora da AGRESSIVIUM, a MS Metal, me intimou a escutar com atenção este “Kraken” e, apenas se eu gostasse da obra, me incumbiria de redigir algo a respeito. Então, caro leitor, se você está aqui neste momento conferindo este texto, já dá pra entender que o velhaco aqui foi vencido pelo talento e desenvoltura destes cearenses.

É bem verdade que cheguei cheio de preconceitos antes da minha primeira audição de “Kraken”, mas após a minha terceira chance, eu já havia sido conquistado pela condução estrutural que este quinteto propõe, no decorrer das oito faixas aqui apresentadas. Conselho de amigo, mesmo sabendo previamente que o estilo da banda não lhe agrade, dê uma chance! É quase que impossível você não se arrepender, pois tudo aqui é muito bem feito, bem composto, bem executado, bem registrado. Enfim, “Kraken” é um disco muito bem polido em todos os seus aspectos primordiais.

A produção respeita a sujeira que o Metalcore/Modern exige, mas não se engane! Apesar de sujo, tudo aqui soa inteligível, o que pode ser verificado na trinca que abre o material: “The Eternal Plagues”, “Suffering and Shattered” e “Welcome Home”. Após estar bem ciente do caminho que percorreria, ficou bastante claro que o amálgama Pantera X Killswitch Engage era o epicentro da fórmula desenvolvida, pelos compositores da AGRESSIVIUM. Desta forma, o peso aliado aos diversos momentos de groove e riffs extraídos do Death Metal sueco bradam alto, e convencem até o mais chato e cético dos ouvintes (eu, incluso).

Além da faixa título que fecha o álbum, e que é a melhor dentre todas, gostei também de “Sea of Anguish”. Esta última, nos seus pouco mais de quatro minutos de duração, ajudaram a manter a minha nota lá em cima. Quem me conhece, até por ser velho e chato, sabe que não fico falando bem por aí de forma gratuita, mas estes caras realmente me conquistaram. Conseguiram, inclusive, quebrar alguns preconceitos e tabús que eu tinha com vertentes mais contemporâneas do Metal.

 

 
Categoria/Category: Clipping

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