Resenha de CD originalmente publicada pelo portal Reidjou
Por Alex Viana
Nota: 08.5/10.0
A banda catarinense NORIUM, depois de muitos anos de atividades no nosso underground, finalmente, consegue lançar o seu debut álbum “A Journey Through the Soul”, com o total suporte de uma das maiores gravadoras do país, a MS Metal Records. Os caras apostam em um Heavy Metal oitentista, mas que flerta também com o Power Metal de cunho mais tradicional. A mescla agrada, mas será que eles conseguirão se destacar em meio a tantos lançamentos do gênero?
A produção deixou as músicas extremamente orgânicas, talvez para gerar aquela sensação saudosista no fã mais antigo, o que pode cair como uma luva para alguns, mas para outros pode soar datado, ultrapassado. Como já passei dos quarenta anos de idade, este direcionamento percorrido por eles me pegou em cheio. Me senti como se estivesse ouvindo algum Vinil da minha antiga coleção, talvez algo do Riot, Rage ou Running Wild. O que, na minha ótica, me deixou bastante entretido!
O vocalista Davi Martins é um dos destaques, principalmente por imprimir um teor mais dramático para as suas linhas. O cara buscou em todo o disco fugir do senso comum, primando por não manter a sua voz sempre linear. Ponto mais do que positivo pra ele, e o resultado ficou extremamente funcional. Quer exemplos?! Ouça a faixa de abertura “Time of Desolation”, “Dark Waters” e a ótima “Mr. Clock”, esta última com riffs que muito me remeteram ao Viper da fase “Soldiers of Sunrise”. Baita Heavy Metal dos bons, meu amigo!
A arte da capa me pareceu estar desconectada com a proposta musical da NORIUM. Quando peguei o disco em mãos, achei que tratava-se de uma formação balizada no Prog Metal, mas ledo engano. Pra meu alívio, passaram longe de nomes como Dream Theater e Pain of Salvation. Nada contra quem goste do estilo, mas sou antiquado e prefiro algo mais na cara, que vá direto ao ponto, e “A Journey Through the Soul” me proporcionou excelentes momentos de diversão. Finalizo aqui meu texto, mas continuo ouvindo o disco, para tentar descobrir novas facetas da banda, que acredito que aparecerão. Belo trabalho…
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