
Resenha de CD originalmente publicada pelo portal Whiplash
Por Valmar Oliveira
Nota: 08.0/10.0
A banda mineira LAST CONSCIOUS chega neste primeiro álbum, “Psychological Torture”, apresentando um Death/Thrash Metal rústico, visceral e extremamente bem composto. Tá certo que é um trabalho voltado para um nicho mais específico do público, mas acaba sendo um presente perfeito para os saudosistas da antiga cena extrema mineira.
Não sei se foi algo intencional, mas “Psychological Torture” tem sua sonoridade calcada no estilo de produção, que as bandas mineiras apresentavam nos idos das décadas de oitenta e noventa. Então, se você, caro leitor, nutre muito respeito à álbuns como “Morbid Visions”, “Rotting”, “Sexual Carnage” e “Abominable Anno Domini”, caia de cabeça na proposta da LAST CONSCIOUS.
Não espere uma produção polida, cristalina ou exageradamente digital. Na verdade, os caras aqui vão exatamente na contramão do que congêneres vêm apresentado agora em 2020. O material é sujo, ríspido e passa uma mensagem muito clara de reverência aos ícones Sarcófago, Sepultura, Chakal e Sextrash.
Após a breve intro “Inner Horror”, o disco segue por mais nove faixas homogêneas dentro do direcionamento musical aqui proposto. Ou seja, não buscam invencionices ou querer reinventar a roda. Desta forma, “Vicious Circle”, “Drowning Words” e “The Programmed Coma” são os destaques, valendo-se ainda mencionar a atuação do vocalista Gustavo Teixeira, que bebe bastante da fonte do renomado Chris Barnes (ex-Cannibal Corpse, Six Feet Under).
“Psychological Torture” é estritamente indicado para os fãs do estilo, principalmente os que enaltecem a cena mineira, disseminada ao quatro cantos do globo pela Cogumelo Records, no período pré internet.
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