Resenha: primeiro álbum da Rampage em destaque no estado do Piauí
Postado em 13/04/2023


Resenha de CD originalmente publicada pelo portal Fullrock

Por Jeferson di Pádua

Nota: 08.0/10.0

“Wimps & Posers, Leaveee the Hallll!!!!”!!!! Impossível não parafrasear o grande Manowar para, introduzir neste texto, minha total devoção e reverência aos pupilos dos estadunidenses, os músicos da RAMPAGE! Que maravilha de álbum de estreia, meus amigos leitores! “Argard” é tudo aquilo que um fã de Heavy Metal espera ouvir, sem firulas, sem enrolações e, principalmente, com muita fidedignidade ao estilo musical mais apaixonante do planeta!

Sim, a RAMPAGE não esconde as suas influências do Manowar, mas não para por aí! Os capixabas entoam um tom dramático ao disco, que é impossível não notar certas referências à saudosa cena da NWOBHM, dos idos anos oitenta. Mas aqui a coisa toda é mais contida, com o freio de mão puxado! Temos uma coleção de músicas que possuem estruturas midi-tempo, o que facilitará (e muito) pro fã bater cabeça nos shows da banda! Senti falta de algo diferente?! Não, em absoluto! O que a RAMPAGE propõe foi literalmente entregue com ótimas atuações, e um trabalho de guitarras que faz inveja aos mais veteranos do gênero.

Particularmente virei fã de Junior Hachid! Como esse cara canta, e não abusa de tons altos o tempo todo! O seu timbre ajuda, já que soa bastante comercial, e em nenhum momento da minha audição me senti cansado, enfadado, muito pelo contrário! Músicas como “Sigurd (Black Circle)” e “Eye of the Storm”, que são dois destaques latentes, são ótimos exemplos de como dá pra chegar lá em cima, sem que pra isso nos obrigue a por protetores auriculares! Acredite, caro leitor, incômodo zero! Na real, me senti aliviado, porque nem todos os cantores do estilo sabem dosar sua técnica, o que de fato não acontece com Hachid!

Este trabalho nos foi indicado pela gravadora MS Metal, mas senti falta de uma versão física, até porque o estilo da RAMPAGE exige isso! Os fãs exigem isso! E ter este tipo de produto numa mesa de merchan, nos seus próximos shows, seria algo muito bem vindo! Álbum de estreia que pode marcar o início da trajetória de um dos mais promissores nomes do True Heavy Metal do país, Anotem ai, e me cobrem depois…

 
Categoria/Category: Clipping

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